25 março 2011



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que podem ajudar...

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Conteúdos Educacionais (Microsoft Educação)

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Título: Alfabetização Digital

Objetivo: Apresentar o mundo digital e suas possibilidades a iniciantes e pessoas com pouca familiaridade com o tema.

Público-alvo: Professores e alunos interessados em aprender sobre os recursos digitais na vida pessoal, escolar e profissional.

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24 março 2011

 Sugestão de Caricaturas  

                                         

Você pode criar rostos ou caricaturas,

depois pode salvar e publicar:



Do projetor de slides ao datashow e ao “ppt”

Navegando pela internet, encontrei esta postagem
no blog Professor Digital.
ótimas dicas
sobre como preparar seu material digital
para suas práticas pedagógicas.

Do projetor de slides ao datashow e ao “ppt”

O velho projetor de slides
Se você for um professor que nunca viu um mimeografo (hã???), então talvez também não tenha conhecido o fascinante projetor de sides
O projetor de slides foi, e ainda é, uma tecnologia incrível, capaz de levar imagens de qualidade que enriquecem muito os conteúdos abordados nos
livros didáticos e permitem ao professor ilustrar conceitos, apresentar esquemas, pranchas, mapas, etc., de uma forma bem mais prática e agradável do que fazendo uso apenas da lousa e do giz.

As únicas dificuldades de uso do projetor de slides, que eu me lembre, eram preparar os slides (era preciso comprá-los prontos ou pagar para um estúdio fotográfico fazê-los para você) e lembrar qual deveria ser a posição correta para colocá-los de maneira que não fossem projetados invertidos. Também é verdade que a lâmpada do projetor queimava fácilmente e não custava muito barato.


 Projetores de slides são conteporâneos do famoso e esquecido (ou quase) retroprojetor.
Retroprojetores foram bastante usados para projetar em uma tela, ou na própria parede, imagens, textos ou qualquer registro gráfico que pudesse ser impresso em uma transparência.

Ao contrário dos projetores de slides, os retroprojetores permitiam também que o professor fizesse anotações, em tempo real, sobre as transparências.
O retroprojetor também era fácil de usar e não era preciso comprar transparências preparadas, pois podia-se prepará-las usando uma lâmina transparente apropriada e canetinhas coloridas especiais (que hoje usamos para escrever em CDs e DVDs). Assim como o projetor de slides, o retroprojetor também tinha uma lâmpada que vez por outra queimava e sempre custava caro.

Muitas escolas ainda possuem retroprojetores, e algumas ainda conservam o projetor de slides. Mas pouquíssimos professores utilizaram essas TICs em suas práticas pedagógicas cotidianas e desses são raros os que ainda as utilizam.

Projetor multimídia e telão

De fato, há boas razões para abandonarmos o projetor de slides e o retroprojetor: agora temos os computadores e os programas geradores de apresentações de slides e, além disso, as apresentações podem ser projetadas com um projetor multimídia (datashow) ou podem ser convertidas para o formato de vídeo e apresentadas em um televisor acoplado a um DVD Player.
Nesse artigo vamos falar um pouco das apresentações de slides digitais e sobre como podemos utilizá-las em nossas práticas pedagógicas.

Por que o professor deveria se interessar por apresentações de slides digitais (feitas em computador)?

Uma apresentação de slides digital tem muitas utilidades para o professor. Abaixo listamos algumas possibilidades:

*  ela permite a apresentação do resumo de uma aula de forma organizada e pode, portanto, servir de roteiro de estudo para o aluno;
*  é possível apresentar esquemas, desenhos, ilustrações ou qualquer outro tipo de imagem digitalizada;
*  além das imagens, a apresentação de slides digital permite que se agregue som e movimento, ou seja, é possível até mesmo inserir filmes em uma apresentação digital;
*  os diversos recursos de formatação e de criação de efeitos especiais dão à apresentação um aspecto profissional e dinâmico que pode ser bastante didático e agradável para os alunos;
*  as apresentações feitas em computador podem ser armazenadas, modificadas, reaproveitadas, distribuídas e compartilhadas na internet;
*  o custo (em tempo e dinheiro) para produzir apresentações de slides digitais é muito pequeno e o benefíciode utilizá-las pode ser bem grande;
*  para produzir uma boa apresentação de slides digital não é preciso nenhum conhecimento sobre computadores além do necessário para produzir um texto formatado em um editor de textos comum;
*   há vários softwares para gerar apresentações digitais que são gratuítos e, na internet, há serviços da web 2.0 que também podem gerá-las, armazená-las e distribuí-las sem nenhum custo;
*  as apresentações de slides são também ferramentas de autoria, tanto para professores quanto para alunos, e são ótimas ferramentas para apresentação de trabalhos escolares;
*  os alunos atuais precisam ter contato com essa tecnologia para se capacitarem melhor para o mundo do trabalho ou para o prosseguimento de seus estudos em níveis superiores, onde as apresentações de slides digitais são muito comuns;
*  já existe uma variedade enorme de objetos educacionais na forma de apresentações de slides digitais disponíveis e compartilhadas na internet, e esse número cresce a cada dia;
*   apresentações podem ser usadas em aula, em reuniões de pais, em conselhos de classe e em eventos da escola.

                                   Um exemplo simples de "resumo" para apoiar uma aula de física.

Além dessas possibilidades, ainda há muito espaço para a criatividade de professores e alunos que poderão descobrir muitas outras possibilidades. Se você conhece alguma outra possibilidade de uso pedagógico das apresentações de slides digitais, envie como sugestão nos “comentários” deste artigo. Aproveite e comente sobre sua experiência com o uso desse recurso.

Requisitos pedagógicos para uma boa apresentação de slides digital

Quer você produza suas próprias apresentações, quer você as obtenha na internet, antes de usá-las é bom saber que:

Uma apresentação de slides digital com fins educacionais precisa ter “conteúdo” e esse conteúdo precisa ter qualidade. É imprescindível que os conceitos e as informações apresentadas sejam corretas, estejam atualizadas e sejam apresentadas em uma linguagem clara, objetiva, precisa e concisa;

A apresentação deve ter o papel de guia e ser acompanhada de uma discussão e de uma reflexão sobre os assuntos tratados. Uma apresentação não pode se esgotar em si mesma ou ser vista como uma “página de conteúdo do livro didático”. Apresentações são resumos de idéias organizados de forma didática;

Para que uma apresentação de slides digital possa substituir com vantagens um resumo escrito em lousa, é preciso que ela incorpore elementos que dificilmente poderiam ser apresentados em lousa, como sons e imagens, por exemplo;

O tempo de apresentação dos slides e a quantidade de conceitos e informações apresentadas, bem como o tamanho total da apresentação, devem ser dimensionados de maneira que se possa tratá-los dentro do espaço da aula, sem criar descontinuidades e sem exigir um número excessivo de aprendizagens;

A apresentação não substitui o trabalho do professor e nem deve ocupar um tempo muito grande da aula, podendo ser intercalada com intervenções do professor e dos alunos ou com o uso de outros recursos (como a lousa, demonstrações, atividades dos alunos, etc.);

A sequência de slides, as imagens, sons e outros recursos incorporados à apresentação devem ser didaticamente válidos, ou seja, tudo o que for apresentado deve ter um objetivo educacional claro e premeditado;

Para toda apresentação de slides deve haver uma avaliação correspondente onde se possa averiguar a aprendizagem do aluno. Em alguns casos essa avaliação pode ser proposta como parte da própria apresentação;

É importante fornecer as fontes de pesquisa usadas para gerar a apresentação e dar os créditos necessários para todos os autores, coautores e colaboradores;

As apresentações devem ser disponibilizadas, preferencialmente na internet, para que os alunos e outros professores possam acessá-las em qualquer momento futuro;

Como a apresentação de slides é uma ferramente essencialmente “visual”, é preciso um cuidado especial com o design e o uso de fontes, cores, imagens e efeitos especiais. Uma apresentação com caráter pedagógico não deve ser apenas um show pirotécnico de efeitos especiais.

Aspectos técnicos de uma boa apresentação

Há um certo consenso de que uma boa apresentação de slides deve possuir algumas características técnicas que a torne agradável, acessível e eficiente como ferramenta de comunicação. Seguem abaixo algumas características técnicas que uma boa apresentação de slides digital deve possuir:

A apresentação deve ser visível por todos na sala. Posicione o telão em um local que permita sua visualização por todos os presentes e faça sua exposição ao lado e não na frente do telão. Se for obrigado a ficar um pouco mais distante do telão, use um apontador laser para apontar; se estiver próximo ao telão e este for pequeno, use um apontador do tipo “vareta”;

A letra utilizada para os textos dos slides deve ter uma tamanho suficientemente grande para que todos possam ler os textos, mesmo aqueles que estão mais distantes do telão. Evite usar fontes com tamanho menor do que 20. Especialistas recomendam o uso de fontes com tamanho 30;

Procure usar apenas as fontes (tipos de letras usadas pelo computador) mais comuns e disponíveis em todos os computadores (Arial, Verdana, Times New Roman). Uma fonte “sofisticada” pode não existir no computador onde a apresentação será executada e, nesse caso, seu texto pode ficar desconfigurado;

Evite usar cores de fundo ou imagens de fundo escuras, com muito contraste ou muito detalhadas. As cores claras, ou mesmo o fundo branco, permitem uma visualização melhor para quem está distante do telão e evitam problemas de contraste com as cores das letras ou problemas de interpretação das cores pelo projetor. Além disso, a iluminação local também pode afetar as cores mostradas no telão;

Evite usar letras coloridas e use-as apenas quando quiser destacar uma palavra ou frase importante. Textos coloridos raramente causam um bom impacto visual, as cores do projetor nem sempre são iguais as cores vistas na tela do computador e a escolha infeliz da cor da letra e do fundo da apresentação podem tornar a visualização do slide difícil ou mesmo muito desagradável;

Use apenas os dois terços superiores do espaço do slide, pois em muitas salas o público mais distante não consegue enxergar a área total do telão e têm dificuldade para ver o terço inferior do slide;

Procure não usar imagens reduzidas demais. É preferível que uma imagem seja apresentada em um slide próprio, acompanhada apenas de um título e de sua legenda, do que inserida no meio de um texto. O mesmo vale para gráficos e figuras em geral;

Efeitos de transição de slides dão um aspecto mais dinâmico à apresentação e a tornam menos “monôtona”, mas não têm nenhum impacto na aprendizagem dos conteúdos do slide;

As animações de objetos (textos e figuras que entram em cena de determinada forma e em momentos distintos de um mesmo slide) devem ser usados com bastante parcimônia. Use efeitos de animação apenas quando quiser apresentar itens de forma sequencial e evite “efeitos pirotécnicos” que podem contribuir mais para a desatenção do que para a atenção do seu público sobre o conteúdo exposto;

Evite listar mais do que três itens (parágrafos) em um mesmo slide. O excesso de informações concentradas em um mesmo slide prejudica a compreensão do conteúdo exposto e causa a impressão de “complexidade do assunto”. Preferencialmente coloque nos slides apenas as idéias principais e não explicações ou detalhes;

Evite apresentações de slides com muitos slides. Uma apresentação com mais de 30 slides causa muito mais a sensação de ser um livro do que de ser uma apresentação multimídia propriamente dita. Especialistas recomendam no máximo 10 slides;

Antes de propor-se a apresentar slides com sons ou vídeos inseridos nos slides, verifique se o local utilizado possui caixas de som capazes de criar sons audíveis em todo o ambiente. É muito desagradável assistir um vídeo com som sem poder ouvir corretamente as falas ou a música;

Sempre que for inserir um filme em um slide, escolha a opção de apresentá-lo em tela cheia. Vídeos apresentados em áreas pequenas são de difícil visualização e tornam praticamente impossível a leitura de legendas quando elas estão presentes;

Numere os slides (isso pode ser feito de forma automática) de sua apresentação, preferencialmente na forma “slide N de Ntotal”. Isso dá ao seu público e a você mesmo uma boa percepção de tempo e de rítmo da apresentação;

Se tiver dificuldade para visualizar o telão ou a tela do computador da posição onde você se encontra durante a apresentação, tenha em mãos uma cópia impressa dos slides que serão apresentados;

Sempre inclua uma página de abertura, uma página de índice e uma página final de créditos em suas apresentações. Na página de créditos forneça seu e-mail para contato e evite incluir sua “biografia” nesse slide;

Evite fazer suas falas sentado durante a apresentação; procure não ficar nunca de costas para o público para apontar slides; mantenha um tom de voz audível e não monótono e evite a todo custo “ler os slides” (pois o público geralmente já sabe ler);

Antes de fazer uma apresentação pública pela primeira vez, execute a apresentação no seu computador ou, preferencialmente, usando um projetor de slides multimídia (datashow) para se certificar de que os slides aparecerão conforme você planejou;

Faça sempre um “ensaio” da apresentação e cronometre o tempo que gastará em suas falas, ajustando a apresentação e suas falas para o espaço de tempo real de que você disporá quando fizer a apresentação para seu público. Especialistas recomendam um tempo máximo de apresentação de 20 minutos.

Encontrando apresentações na internet

Existem milhares de apresentações de slides digitais compartilhadas na internet que você poderá baixar e usar com seus alunos. Essa facilidade só existe porque muitas pessoas compartilham suas apresentações com os demais. Faça o mesmo com as apresentações que você mesmo criar.

Uma forma extremamente simples de encontrar apresentações prontas na internet consiste em usar um buscador como o Google. Tomando com exemplo esse buscador, experimente digitar o assunto que está procurando e acrescente a expressão “filetype:ppt” no final do seu texto (algo como “fotossíntese filetype:ppt”, sem as aspas). Aparecerão centenas de links para apresentações no formato usado pelo PowerPoint (extensão “ppt”) sobre o tema fotossíntese. Além da extensão “ppt” também há outra extensão de arquivo bastante utilizada para apresentações: o “pps”. Nesse caso sua frase de busca seria algo como “fotossíntese filetype:pps”, sem aspas.


O Slideshare é um dos locais mais famosos para se hospedar ou obter gratuitamente suas apresentações.

Também é uma boa idéia procurar apresentações voltadas à educação em sites que fornecem objetos educacionais ou em serviços de compartilhamento de apresentações, como SlideShare, por exemplo. Nos links sugeridos para aprofundamento, no final desse artigo, há boas informações sobre onde e como compartilhar ou obter apresentações de slides digitais.


Criando e compartilhando apresentações de slides digitais

Para criar uma apresentação de slides digital você precisa de um software de criação de apresentações. O mais comumente usado talvez seja o PowerPoint, que vem geralmente no pacote de softwares de escritório Microsoft Office. O único inconveniente do PowerPoint é que ele é parte de um pacote de softwares pago. Mas você também pode usar um software muito semelhante e gratuíto, o Impress, que é instalado com o pacote de escritório OpenOffice, ou com a versão brasileira do OpenOffice, o BrOffice. O Impress é totalmente gratuito e tem as mesmas funcionalidades que o PowerPoint.

Há também opções de serviços da web 2.0 que fornecem softwares para criação de apresentações digitais. A vantegem de usar esses serviços é que você não precisa baixar e instalar nenhum software no seu computador e pode gerar suas apresentações diretamente pela internet e depois baixá-las para seu computador. Um ótimo serviço desse tipo é oferecido pelo Google por meio do GoogleDocs. Com esse serviço você pode criar, armazenar e compartilhar suas apresentações de slides no próprio GoogleDocs (veja o artigo sobre o “Uso pedagógico do GoogleDocs“).

Para aprender a usar esses softwares de gerações de apresentação há milhares de apostilas, tutoriais e apresentações na internet que tratam desse assunto. Mas há dois recursos muito pouco explorados pelos professores e que podem ajudá-los imensamente:

  *A ajuda do próprio software: todo software vem acompanhado de uma “Ajuda” que pode ser acessada diretamente no próprio software e que é um manual completo sobre como fazer cada coisa. Consultando a ajuda do próprio software geralmente se resolve mais de 90% das dúvidas sobre como usar o software;

  *A aprendizagem colaborativa: embora professores gostem que seus alunos trabalhem em grupos de forma colaborativa, poucos usam esse recurso para seu próprio aprendizado tecnológico. Sentar-se ao lado de um colega que já tem alguma experiência, ou dos próprios alunos, e solicitar ajuda, ainda é um dos meios mais eficazes para aprender a usar as novas tecnologias.

Ao usar ou adaptar uma apresentação feita por outra pessoa, mesmo que você a modifique bastante, dê ao autor original o crédito pela apresentação que você modificou. Faça isso na página de créditos onde você colocará também a sua informação de contato. Faça a mesma coisa quando criar uma apresentação baseada em textos de blogs, livros ou outras fontes, procurando sempre citar corretamente as fontes utilizadas.



Referências de consulta na internet

Onde encontrar e compartilhar apresentações na internet: neste artigo há uma lista extensa de sites que hospedam apresentações de slides e várias informações sobre os diferentes tipos de apresentação.

Como criar uma apresentação no PowerPoint 2007: Apostila na forma de apresentação com conceitos básicos sobre a criação de apresentações usando o PowerPoint 2007.

Como criar uma apresentação no BrOffice: apresentação abordando os aspectos básicos da criação de uma apresntação usando o Impress do BrOffice.

Como criar uma apresentação no GoogleDocs: documentação fornecida pelo próprio GoogleDocs sobre a geração de apresentações usando essa ferramenta.

De aluno comum a estudante espetacular


Esta crônica se inspira em uma simples e rápida pesquisa que concluí. Durou menos de dois minutos e por essa razão se sugere que não a aceite, sem antes também fazê-la.

Apanhe um livro qualquer, dando preferência à literatura. Pode ser um romance, contos, podem ser crônicas. Tenha ao lado um relógio, preferencialmente com ponteiros, e registre o tempo que gastou para ler uma página. Não se trata de teste de leitura dinâmica e menos ainda qualquer processo competitivo e, assim, leia com calma e serenidade, refletindo sobre as idéias expostas e a conexão entre os períodos. Quanto tempo se gastou? A velocidade varia muito conforme as dificuldades do texto e a experiência do leitor, mas oscila entre um a dois minutos, permitindo dessa forma que se acredite que um minuto e meio é o tempo necessário para se ler, de maneira compreensiva, cerca de cento e setenta palavras por minuto.

Imagine agora uma pessoa que assuma o compromisso de investir quinze minutos – apenas quinze minutos diários – para se dedicar à leitura. Essa pessoa estará lendo dez páginas por dia, cerca de cem páginas em dez dias. Como em média os livros editados no país possuem cerca de 200 páginas é fácil concluir que esse dedicado leitor possa estar lendo nada menos que um livro a cada vinte dias, nada menos que 18 livros por ano.

Façamos agora uma pausa nessas reflexões e nos perguntemos o que de verdadeiramente útil e essencial cabe no espaço de 15 minutos diários. Uma atividade aeróbica ou uma caminhada pelo campo? Uma imersão reflexiva na profundidade de uma novela ou de uma peça teatral? Um esforço direcionado para a aprendizagem de uma língua estrangeira? Os trabalhosos cuidados para higiene corporal, maquiagem e arrumação da roupa que se vai usar? Salvo situações verdadeiramente excepcionais e até mesmo dignas de livros de recordes, os quinze minutos diários seriam muito poucos para qualquer uma dessas ou ainda de muitas outras atividades.

A qualidade de vida que hoje felizmente tanto se propala requer pelo menos o dobro desse tempo para uma atividade aeróbica, o quádruplo para capítulo inteiro de novela, bem mais que isso para a aprendizagem de uma língua e, sobretudo em se tratando de minha mulher, pelos menos duas horas ou mais para que se considere apressadamente arrumada. Nada contra o investimento no tempo gasto para essas atividades, pois a boa qualidade de vida exige a todos quantos podem do mesmo tempo dispor, mas a conclusão simples de que bem menos que o tempo que gastamos para muitas coisas, precisaríamos gastar para enriquecer o cérebro, viajar pelos sonhos, superar desafios, aprender saberes.

Não se está usando os minutos contidos nesta pesquisa para se dar um recado ou uma indireta aos professores que alegam nunca dispor de tempo para ler; afinal de contas se você chegou a esta linha é porque não se inclui nesse grupo, mas para que se tenha uma serena conversa com os alunos, mostrando pelo desafio estatístico que ler muito e ser excelente requer bem menos tempo que a primeira vista se imagina.

Talvez não se perceba com claro discernimento entre nossos alunos os que gastaram trinta minutos de seu dia em atividades corporais, mas todos os professores e os colegas, todos os familiares e os vizinhos distinguem com nítido orgulho quem leu e compreendeu, com metade desse investimento em tempo, cerca de sessenta obras em seu ciclo escolar.

CELSO ANTUNES



A professora de sensibilidades


Nicole ministra aulas em uma escola pública no período matutino e à tarde trabalhava como secretária em uma escola particular. É professora de Língua Portuguesa e por força de seu ofício ama as palavras e coleciona sentenças. Em suas aulas, nos recados que jamais esquece de deixar na prova de seus alunos e até mesmo nos singelos avisos que anotava para si mesmo ou para o quadro da parede, nunca se limitava a transmitir apenas a informação. Uma regra que jamais deixava de obedecer era da clareza e da objetividade e assim pensava duas vezes em o que escrevia para olhar pelos olhos de possíveis leitores reconhecendo a lucidez da certeza e a síntese na informação. Mas, para Nicole o mais importante em seu papel como mestra e em sua ação como gente era menos a forma e mais a sensibilidade com que a emoldurava. Dizia sempre:
- Habilidade é importante, mas habilidade sem sensibilidade é quase nada.
Nicole tem razão e é uma pena que outros professores não pensem seus pensamentos. Não apenas professores de sua disciplina, mas professores de qualquer disciplina. Estendendo sua opinião a outros contextos, seria certo afirmar que para a Geografia e para a História, para a Matemática e para as Ciências assim como para o estudo das Artes, das Línguas Estrangeiras e outra disciplina mais, existe uma quase obsessiva preocupação dos professores em desenvolver a habilidade, esquecendo-se da sensibilidade.
Habilidade todo professor ensina, mesmo quando não sabe que está ensinando habilidade. Ensinamos habilidades quando ensinamos a ler, interpretar, somar, comparar, medir, justificar, classificar, sintetizar. Ensina-se habilidade quando se informa que foi Pedro Álvares Cabral e não outro quem descobriu o Brasil, quando se diz que a Lua é satélite da Terra e o contrário está errado ou quando se afirma que a água do mar é salgada pelo sal que por bilhões de anos, lentamente, os rios levaram. Assim, habilidades são não apenas conteúdos que se aprende, mas operações que se usa para melhor compreendê-los e para fazer com que se contextualizem na vida que se vive. É inegável que as habilidades são importantes e que escola que não as ensina, não pode ser chamada de escola.
Sensibilidade é diferente de habilidade e nem todas as sensibilidades possíveis se apreende na escola, ainda que para Nicole seja essencial que o ensino das habilidades venha sempre junto com as experiências da sensibilidade.
Sensibilidade é cheirar, tocar, escutar. É ver, degustar. É claro que uma criança que não aprende verbos jamais sabe quando os emprega, ainda que saiba dizê-los. Saber verbos é, por exemplo, conquistar uma habilidade, entre outras tantas que na escola se conquista. Mas, como sempre afirma Nicole, de que vale conjugar um verbo sem sentimento, de que vale memorizar um poema inteiro, guardando-o na memória, mas jamais o dizendo com emoção, pronunciando-o com a alma à flor da pele?
Nicole nunca deixou de materializar os exemplos em que comparava a habilidade com sensibilidade. Escolhia um belo poema de Olavo Bilac, de Castro Alves, Guerra Junqueiro ou Fernando Pessoa e lia-o em voz alta para seus alunos. Mas, sua leitura era fria, distante, dita com voz metálica e pensamento ausente. É claro que raros alunos podiam querer conquistar os versos ditos por Nicole e assim aprender essa habilidade. Mas, logo depois, a professora retornava ao poema e dizia-o outra vez, mas agora com paixão, ardor, intensidade. Fazendo-se o poeta em sua mágoa ou sua alegria, em sua paixão ou seu desencanto.
Os alunos de Nicole, pouco se interessavam com sua primeira leitura. Percebia que versos ditos sem paixão e sentimento é apenas mensagem para se decorar, mas arregalavam os olhos na segunda leitura e não poucas vezes riam ou choravam nas palavras do poeta, interpretados pelo sentimento de sua professora. Reconheciam que habilidade sem sensibilidade é quase nada.
CELSO ANTUNES
PROFESSOR CASTOR


O professor Castor, na opinião de seus alunos, era um bicho. Não por seu nome, menos ainda por sua braveza e certamente não era assim considerado por ser professor de Ciências, especializado em Zoologia. “Bicho” para seus alunos era apelido nobre e que expressava seu interesse e conhecimento, a paixão com que se entregava ao estudo e compreensão do mundo animal, enfatizando sempre que estes quase nada precisavam aprender com os homens e suas organizações, mas, por certo, teriam sempre muito que ensinar.
Mostrava aos alunos e mesmo aos colegas que o ouviam que o momento mais propício para buscas especiais e investidas mais solenes era sempre no exato instante da “onça beber água”, momento mais definido e crucial que a difusa hora “em que a porca torce o rabo”. Mostrava nas ações do cotidiano de seus alunos, que era inútil sonhar com o momento do “jacaré nadar de costas” ou de tolamente esperar a “cobra fumar”, pois quem por essas ocasiões buscava acabava sempre, por certo, tendo que “pagar o pato”.
Não se limitava apenas a passar a matéria, pois indo sempre além, os ensinava a estudar, pesquisar, refletir e, não raramente meditar, lembrando sempre que os que assim não agiam acabavam descobrindo as imensas dificuldades similares as “da hora em que a vaca vai para o brejo”. Embora a maior parte de seus alunos respeitavam e gostavam muito do Castor, sabia que a unanimidade era improvável e que por certo haviam os que jamais tinham “algo a ver com o peixe” ignorando advertências e conselhos que não cansava de distribuir.
Ciência, dizia Castor, não era dogma e por isso acreditar na mesma significava questioná-la e questionar-se sempre, pensando no que os livros e os professores diziam sem fazer desse crédito confiança irrestrita, verdade inabalável. “Mesmo quanto toda ciência parecia querer firmar suas leis, lembrava Castor, não coma gato por lebre e assim ouse sempre com o beneplácito da dúvida, mais perguntar para melhor conhecer”.
Castor não representava unanimidade entre os colegas, nem era ilimitadamente aceito por todo corpo docente. Alguns até falavam “cobras e lagartos” a seu respeito, dizendo que essa sua mania de transpor o tema para orientar alunos ainda iria levá-lo a “dar com os burros n’água” e que “cão que ladra, nem sempre morde”. Mas, Castor, mesmo sabendo da oposição que às suas costas não poucos lhe faziam, seguia seu ritmo com a serenidade de coruja que sabe que a sabedoria não é herdada, mas que com a “perseverança de um touro” pode ser por todos conquistadas.
Professor diferente, personalidade singular sabia fazer dos temas que tratava textos e contextos para que sem se descuidar do saber, seus alunos soubessem perceber esse conhecimento na rua que atravessavam, nos programas que assistiam nas amizades que faziam. A fábula do “coelho e a tartaruga” ou mesmo a da “raposa e do corvo” se transformavam em capítulo da zoologia e daí se transpunha para a moral, para a filosofia, para a saberia do viver. Quando “estava com a macaca”, e sempre com a macaca esse Castor estava, substituía pontos de exclamação por desafiadores pontos de interrogação, ensinando seus alunos a refletir, mostrando que saber que realmente vale é saber que na vida se aplica.
Sorria de seus desafetos e não se importava dos apelidos que recebia. Seguia sua rota com a coragem do “leão”, a esperteza do “lobo” e os sonhos da “águia”, pois íntimo compreendia que “afinal de contas passarinho não come pedra”.

CELSO ANTUNES

18 março 2011

Campanha da Fraternidade 2011


cfarquidiocesesorocaba.com
Tema: Fraternidade e a Vida no Planeta.

Lema "A Criação Geme em Dores de parto" (Rm 8,22).
APA Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) propõe a cada ano, através da Campanha da Fraternidade (CF), um itinerário evangelizador fortemente voltado para a conversão pessoal e comunitária, em preparação à Páscoa. Em 2011, a CF atinge um marco importante pela 47ª vez!

APRESENTAÇÃO

Os objetivos gerais da CF são sempre os mesmos e decorrem da missão evangelizadora que a Igreja recebeu de Jesus Cristo: em vista do mandamento do amor fraterno, despertar e nutrir o espírito comunitário no meio do povo e a verdadeira solidariedade na busca do bem comum; educar para a vida fraterna, a partir da justiça e do amor, que são exigências centrais do Evangelho; renovar a consciência sobre a responsabilidade de todos na ação evangelizadora da Igreja, na promoção humana e na edificação de uma sociedade justa e solidária.

Durante esses quarenta e sete anos, a CF passou por três fases distintas: no início, os temas eram mais relacionados com a renovação da Igreja (1964 e 1965) e a renovação pessoal do cristão (1966 a 1972). Na segunda fase (1973 a 1984), a preocupação era mais voltada para a realidade social mediante a denúncia do pecado social e a promoção da justiça (Gaudium ET Spes, Medellín e Puebla). Na terceira fase (de 1985 até o presente), a Igreja no Brasil propõe temas de reflexão e conversão relativos às várias situações sociais e existenciais do povo brasileiro, que requerem maior fraternidade.

Em 2011 estaremos falando sobre meio ambiente, a gravidade do aquecimento global e das mudanças climáticas – causas e conseqüências. Tema: Fraternidade e a Vida no Planeta; Lema "A Criação Geme em Dores de parto", (Rm 8,22). Não há como não se dar conta que esta campanha esta ligada a Campanha de 2010, ora o fator econômico não esta relacionado à situação de nosso planeta hoje? Somos todos moradores de uma mesma casa, gostando disso ou não estamos interligados. Não há como simplesmente virar as costas e não se importar, afinal se ocorresse uma catástrofe a nível global para onde iríamos? Aquecimento global, mudanças geológicas nada mais é do que reações as nossas ações. A Campanha da Fraternidade de 2011, de maneira primorosa como sempre, vem justamente nos alertar desta verdade tudo o que fazemos pode prejudicar ou ajudar a salvar nosso planeta nos dá a oportunidade de como uma família sentarmos juntos e elaborarmos ações para salvar a nossa casa.

Em cada catástrofe seja ela terremotos, inundações, podemos sentir o planeta gemer, e a humanidade fazendo o mesmo, este gemido tem uma conotação de tristeza imensa. Ainda estamos em tempo hábil para reverter esta situação podemos transformar estes gemidos de dor em gemidos de amor e de esperança, sim podemos iniciar um período de gestação e após este período em que nos organizaremos com ações que ajudem a preservar o meio ambiente, receberemos de volta um planeta saudável, resgataremos o planeta que nos foi dado por Deus.

Esta campanha não é uma utopia e sim um alerta de que atitudes devem ser tomadas, não por uma minoria, mas por um todo, este planeta é nossa casa, precisamos ser fraternos, gerar ações que nos levem ao bem comum.

E para reforçar nossas expectativas aos Gestos Concretos que com certeza surgirão em nossas Paróquias, Sociedade através da conversão individual e coletiva nesta quaresma, sugerimos para nos estimular ao amor fraterno entre irmãos e irmãs comprometidos com o Meio Ambiente, louvarmos ao Senhor como São Francisco de Assis o fez por todas as criaturas que fazem parte da vida planetária.

Que a oração em que São Francisco louva a Deus pelas criaturas, nos inspire novas atitudes e nos ajude a ser transformados pelo Espírito de Deus de modo a resgatarmos atitudes de quem cultiva e cuida do seu jardim, esta obra maravilhosa, que hoje requer socorro dos autênticos filhos de Deus, e de todos aqueles que empreendem ações sinceras e despojadas em favor do planeta.




             


O cartaz possui dois planos. Ao fundo observa-se uma fábrica que solta fumaça, poluindo e degradando o ambiente, deixando o céu plúmbeo, intoxicado e acinzentado.
A figura do rio com a água escurecida e suja representa também a parte natural sendo devastada, influenciando no aparecimento das enchentes e no aumento do nível do mar, ações estas provocadas pelo ato errado do homem.
Em contraste a isso, vemos em primeiro plano uma mureta, onde em meio à devastação ainda existe vida. Nela, um pequeno broto e um cipreste (hera), com suas raízes incrustadas, criando um microecossistema, ainda insistem em viver mesmo diante de um cenário áspero. Sendo, portanto, referência ao lema: "A criação geme em dores de parto" (Rm 8,22).
Apesar de todo o sofrimento que a criação enfrenta ao longo dos tempos, de todos os seus 'gritos de dor' - a vida rompe barreiras e nos mostra que ainda existe esperança, representada pela borboleta, que mesmo com uma vida curta, cumpre o seu importante papel no ciclo natural do planeta.


Oração da Campanha da Fraternidade 2011 CNBB

Senhor Deus, nosso Pai e Criador.

A beleza do universo revela a vossa grandeza,

A sabedoria e o amor com que fizestes todas as coisas,

E o eterno amor que tendes por todos nós.


Pecadores que somos, não respeitamos a vossa obra,

E o que era para ser garantia da vida está se tornando ameaça.

A beleza está sendo mudada em devastação,

E a morte mostra a sua presença no nosso planeta.


Que nesta quaresma nos convertamos

E vejamos que a criação geme em dores de parto,

Para que possa renascer segundo o vosso plano de amor,

Por meio da nossa mudança de mentalidade e de atitudes.


E, assim, como Maria, que meditava a vossa Palavra e a fazia vida,

Também nós, movidos pelos princípios do Evangelho,

Possamos celebrar na Páscoa do vosso Filho, nosso Senhor,

O ressurgimento do vosso projeto para todo o mundo.

Amém.


16 março 2011

Homens ligados à educação em Minas lembram mulheres que marcaram suas trajetórias estudantis

As mulheres que trabalham na Educação sabem bem da importância do público feminino na área. Além dos números que mostram que elas são maioria, as próprias mulheres reconhecem certas características tipicamente femininas que podem ser aplicadas no ensino. Nada melhor, então, do que alguns depoimentos masculinos para ressaltar a importância feminina no ensino. Homens influentes no setor educacional de Minas Gerais deram depoimentos sobre a importância da mulher na educação mineira e cada um deles falou sobre uma figura feminina marcante em suas trajetórias estudantis. O Governador Antonio Anastasia, o Vice-governador Alberto Pinto Coelho, o reitor da UFMG Clélio Campolina e o reitor da PUC Minas Dom Joaquim Mol deixaram mensagens para o Dia Internacional da Mulher.

                                                                     
Governador Antonio Anastasia

"Em primeiro lugar naturalmente, minha mãe, professora de matemática dedicada, servidora pública do estado, como eu, que sempre me estimulou nos estudos. Também minhas irmãs, mais velhas, professoras da universidade, que sempre criaram um ambiente favorável ao estudo e a responsabilidade. Permito-me lembrar também de minha avó materna, diretora de escola, professora igualmente, escritora, intelectual, que sempre me estimulou a curiosidade acadêmica, científica e cultural. Lembro de professoras que tive no primário, de professoras durante o colégio e também na faculdade. Queria citar entre as professoras da faculdade, a professora Lúcia Massara, grande jurista, a professora Misabel Abreu Machado Derzi, Direito Tributário e outros grandes nomes que sempre estiveram ao meu lado. Eu tenho certeza que as mulheres mineiras estão muito bem representadas hoje em nosso governo, especialmente através da secretária de Educação, professora Ana Lúcia Gazzola, ex-reitora da UFMG, extremamente competente. Portanto, a toda comunidade escolar, a todo o sistema de educação pública de Minas Gerais através das suas mulheres que são a grande maioria do sistema e que dirigem o sistema, o meu agradecimento em nome de todos os mineiros e parabéns pelo seu dia."

                                                                          
Alberto Pinto Coelho - Vice-governador

Eu tenho satisfação em dizer que boa parte da minha formação foi em escolas públicas. Tive a honra e o privilégio de ter mestras abnegadas e repletas de amor ao ofício de ensinar. Posso dizer que recebi, de cada uma, lições que me valem em cada momento da vida. São professoras, como a saudosa Dona Anita de Assis, que durante décadas lecionou no meu querido Colégio Estadual Central. As aulas eram de Matemática, mas os ensinamentos iam muito além. Em cada soma, em cada divisão, em cada equação, havia sempre uma orientação. Palavras de ensinamento por uma sociedade mais justa e igualitária. Esse talvez seja um dos maiores diferenciais do genêro feminino, cuidar do todo com muita dedicação. E é em nome dela e de todas as mestras que guiam nossos alunos, nosso futuro nas salas de aula, que deixo o meu reconhecimento, minhas homenagens e minha imensa gratidão.

                                              Clélio Campolina – Reitor da UFMG

"A mulher que marcou minha educação foi a minha irmã Maria Campolina Diniz, a Mariquita. Eu era o mais novo de 11 irmãos e fui alfabetizado por ela numa turma multisseriada de uma escola rural na região do município de Esmeraldas. Ela foi professora durante anos e, além de mim, alfabetizou outros três dos meus irmãos e centenas de crianças. A Mariquita também tinha um peso familiar muito grande, pois ajudava dentro de casa com seu salário de professora. Hoje essa minha irmã está com 82 anos e continua sendo uma referência, pois marcou minha trajetória educacional. Acho que as mulheres, por uma situação histórica e cultural, têm mais sensibilidade e paciência no relacionamento com as crianças na escola. Esse espírito feminino, maternal ajuda na lida com os estudantes e por isso elas são tão importantes para a educação."

       Dom Joaquim Giovani Mol – Reitor da PUC Minas

"No que diz respeito à educação informal, minha mãe teve um papel marcante em minha vida, pela sua firmeza, integridade e sabedoria. Do ponto de vista profissional, uma pessoa que teve uma atuação importante na minha trajetória foi a professora Auxiliadora Paiva, já falecida. Professora de História no Ensino Fundamental, ela foi marcante na precisão e entusiasmo com que transmitia conhecimento e pela consciência como cidadã. Conversar com ela já era receber uma verdadeira aula e ela nos acolhia em sua casa como se fôssemos as pessoas mais importantes do mundo, só pelo prazer de ensinar e educar. Com coragem, dedicação e – muitas vezes – sacrifícios, as mulheres ensinam as primeiras letras, as noções iniciais de cálculo, os passos introdutórios nas áreas de geografia e história, mas, principalmente, lições que só os grandes mestres sabem transmitir: a paixão pelo conhecimento, pela vontade de aprender."
Escolas da rede estadual vão receber recursos para compra de um kit de informática


Cada escola vai receber R$9 mil para compra de um computador, projetor de mídia e outros produtos de informática

Cada uma das 3.808 escolas da rede estadual de Minas Gerais vai receber recursos da Secretaria de Estado de Educação (SEE) para adquirirem um kit de informática para ajudar no trabalho administrativo e acadêmico nas instituições. O kit é composto por um computador, um estabilizador, impressora, projetor de mídia, notebook, roteador wireless e um no break.

Os recursos para compra dos Kits de informática foram liberados pelo Projeto Escolas em Rede, da SEE, e até o fim do mês de março passam a estar disponíveis na caixa escolar de cada escola. A compra do kit será de responsabilidade da própria instituição de ensino. Ao todo a Secretaria de Estado de Educação vai disponibilizar R$34,3 milhões para a compra dos kits, sendo que cada escola vai receber R$9 mil.

Segundo a Diretora de Tecnologias Aplicadas à Educação, Leyde Lelise Barbosa Caldeira, a composição dos kits obedeceu a demandas das próprias escolas. “Nas salas de aula o notebook e o projetor de mídia vão ajudar o professor a inovar. Já o novo computador vai auxiliar no suporte da demanda da secretaria de cada escola”, explica.

Professor de geografia, Vilmar Pereira de Sousa, da Escola Estadual Maurício Murgel, localizada na região oeste de Belo Horizonte, utiliza o laboratório de informática para aulas expositivas, por meio da apresentação de vídeos e imagens. Para o docente, mesmo a escola já tendo 21 computadores e dois projetores a compra do kit vai facilitar o acesso às mídias. “A partir do momento que eu posso levar um notebook e um projetor de mídia para a sala de aula o trabalho do professor fica mais tranquilo, já que eu não preciso ficar dependente da reserva de uma sala especifica”. Além disso, segundo Vilmar Pereira de Sousa com o uso de novas tecnologias aluno e professor compartilham um conhecimento que antes era restrito.

As escolas deverão adquirir equipamento seguindo as especificações técnicas que estão disponíveis no site da DTAE(www.educacao.mg.gov.br/webdtae) e terão orientação dos técnicos dos Núcleos de Tecnologia Educacional das Superintendências Regionais de Ensino do Estado.

Escolas em Rede

O projeto Escolas em Rede foi criado em 2004 e tem por objetivo propiciar às escolas do sistema estadual de ensino de Minas Gerais um acesso democrático às novas tecnologias. Desde que foi instituído pela Secretaria de Estado de Educação, o Projeto já capacitou mais de 18 mil professores em cursos de informática e já foram gastos cerca de R$ 133 milhões na compra, manutenção e implantação de equipamentos de informática nas escolas do Estado.

Secretaria de Estado de Educação
Aprendi e decidi


E assim, depois de muito esperar, num dia como outro qualquer, decidi triunfar...

Decidi não esperar as oportunidades e sim, eu mesmo buscá-las.

Decidi ver cada problema como uma oportunidade de encontrar uma solução.

Decidi ver cada deserto como uma possibilidade de encontrar um oásis.

Decidi ver cada noite como um mistério a resolver.

Decidi ver cada dia como uma nova oportunidade de ser feliz.

Naquele dia descobri que meu único rival não era mais que minhas próprias limitações e que enfrentá-las era a única e melhor forma de as superar.

Naquele dia, descobri que eu não era o melhor e que talvez eu nunca tivesse sido.

Deixei de me importar com quem ganha ou perde.

Agora me importa simplesmente saber melhor o que fazer.

Aprendi que o difícil não é chegar lá em cima, e sim deixar de subir.

Aprendi que o melhor triunfo é poder chamar alguém de"amigo".

Descobri que o amor é mais que um simples estado de enamoramento, "o amor é uma filosofia de vida".

Naquele dia, deixei de ser um reflexo dos meus escassos triunfos passados e passei a ser uma tênue luz no presente.

Aprendi que de nada serve ser luz se não iluminar o caminho dos demais.

Naquele dia, decidi trocar tantas coisas...

Naquele dia, aprendi que os sonhos existem para tornar-se realidade.

E desde aquele dia já não durmo para descansar...

Simplesmente durmo para sonhar.

Autoria de Walt Disney




Ser feliz ou ter razão?"


Para reflexão...


Oito da noite, numa avenida movimentada.

O casal já está atrasado para jantar na casa de uns amigos.

O endereço é novo e ela consultou no mapa antes de sair.

Ele conduz o carro.

Ela orienta e pede para que vire, na próxima rua, à esquerda.

Ele tem certeza de que é à direita.

Discutem. percebendo que além de atrasados, poderiam ficar mal-humorados, ela deixa que ele decida.

Ele vira à direita e percebe, então, que estava errado.

Embora com dificuldade, admite que insistiu no caminho errado, enquanto faz o retorno.

Ela sorri e diz que não há nenhum problema se chegarem alguns minutos atrasados.

Mas ele ainda quer saber:

- Se tinha tanta certeza de que eu estava indo pelo caminho errado, devia ter insistido um pouco mais...

E ela diz:

- Entre ter razão e ser feliz, prefiro ser feliz.

Estávamos à beira de uma discussão, se eu insistisse mais, teríamos estragado a noite!



Moral da história:

Esse fato foi contado por uma empresária, durante uma palestra sobre simplicidade no trabalho.

Ela usou a cena para ilustrar quanta energia nós gastamos apenas para demonstrar que temos razão, independentemente, de tê-la ou não.

Diante disso me pergunto:

'Quero ser feliz ou ter razão?'

E lembrei de um outro pensamento parecido, diz o seguinte:

“Nunca se justifique. Os amigos não precisam e os inimigos não acreditam."





"Senhor, fazei-me instrumento de vossa paz"

Senhor,

fazei de mim instrumento de vossa paz.

e que eu encontre primeiro, em mim,

a harmoniosa aceitação de meus opostos.


onde houver ódio, que eu leve o amor.

aceitando o ódio que possa existir em mim e compreendendo todas as faces com as quais o amor pode se expressar.


onde houver ofensa que eu leve o perdão

e que me permita ofender para ser perdoado


onde houver discórdia que eu leve a união.

e que eu aceite a discórdia como geradora da união


onde houver dúvidas que eu leve a fé.

podendo humildemente, encarar minhas próprias dúvidas


onde houver erros, que eu leve a verdade.

e que a "minha verdade" não seja única, nem os erros sejam alheios.


onde houver desespero, que eu leve a esperança.

e possa, primeiro, conviver com o desânimo sem me desesperar.


onde houver tristeza, que eu leve alegria.

e possa suportar a tristeza minha e dos outros sendo alegre ainda assim.


onde houver trevas que eu leve a luz.

após ter passado pelas "minhas trevas" e ter aprendido a caminhar com elas.


oh, divino mestre...

fazei que eu procure mais: consolar que ser consolado.

e que eu saiba pedir e aceitar consolo quando precisar.


compreender que ser compreendido,

e me conhecer antes, para ter melhor compreensão do outro.


amar que ser amado,

podendo me amar em princípio,para não cobrar o amor que dou.


pois é dando que recebemos.

e sabendo receber é que se aprende a doar.


é perdoando que se é perdoado.

e não se perdoa a outro enquanto não há perdão por si mesmo.


e é morrendo que se nasce para a vida eterna.

e é bem vivendo e amando a vida que se perde o medo de morrer!

Ultimo Desejo (Noel Rosa)